domingo, 26 de abril de 2009

so please be kind if I'm a mess

É. Estou cansada. Caminho sem saber ao certo o destino. Sigo em frente na escuridão. Minha própria escuridão. Talvez nem esteja seguindo em frente. Esteja, na realidade, estagnada. Não, minha vida não está parada, monótona ou algo assim. Ela até que sofreu algumas significativas mudanças nos últimos tempos. Mas por que não sinto resultado nenhum? A sensação que dá é que todos os esforços são inúteis. Tudo não passa de mera ilusão. Desilusão. Além do mais, para completar, a coragem de mudar o rumo das coisas me falta hoje. Sento e reflito. Só. Está tudo tão vazio. Pessoas falam. Falam. Opiniões sinceras não estão ajudando em nada. Só atrapalham. Por que as pessoas resolvem sempre pensar nas minhas possíveis futuras frustrações? Boas pessoas. O problema sou eu. O problema é meu. Estou sufocada com as preocupações alheias. Farta delas. É irônico escrever isso, mas. Quero sim quebrar a cara. Frustrar-me. Pegar resfriado por nunca levar guarda-chuva. Ferir o pé por andar descalça. Apaixonar-me por um idiota. Sofrer por amor. Chorar. Sentir esse algo indefinível que me falta agora. Não sei...Estar viva, sabe?

sábado, 25 de abril de 2009

saudades que tenho da aurora da minha vida

"Como quando se tira um vestido velho do baú, um vestido que não é para usar, só para olhar. Só para ver como ele era. Depois a gente dobra de novo e guarda mas não se cogita em jogar fora ou dar. Acho que saudade é isso."


Saudades dos bons tempos. De tudo o que deixei. Que tive de deixar. Voluntária ou Involuntariamente. Daqueles bons momentos que tenho a impressão de terem sido há muito tempo atrás. E nem foram. De tudo o que poderia ter sido e que foi. Das pessoas. Ah, as pessoas. Aquelas que carrego para sempre uma parcela no peito. Todas me acrescentam tanto. Positivo. Negativo. Acrescentam. Deixam alguma característica. Marcas. Algo que me faz recordar. Querer reviver. Sentir falta. Por que será que o passado tem essa aparência de ser melhor que o presente? Talvez, acabamos modificando os fatos na memória. Editamos-os, talvez. Adaptando-os para que aparentem melhores e mais relevantes do que realmente são. Inconscientemente, claro. Por isso acabamos nos tornando seres tão nostálgicos. Eu assumo. Diversas vezes, como agora, flagro esse sentimento indefinido, que só possui uma específica palavra em português, rondando minhas horas, minhas noites... Então, revejo fotos. Reouço músicas. Releio cartas. Rio. Choro. Enterneço. Boas Lembranças. Saudades. Ah, a saudade!
Que saudade!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

"Quero te dizer também que nós, as criaturas humanas, vivemos muito (ou deixamos de viver) em função das imaginações geradas pelo nosso medo. Imaginamos conseqüências, censuras, sofrimentos que talvez não venham nunca e assim fugimos ao que é mais vital, mais profundo, mais vivo. A verdade, meu querido, é que a vida, o mundo dobra-se sempre às nossas decisões. Não nos esqueçamos das cicatrizes feitas pela morte. Nossa plenitude, eis o que importa. Elaboremos em nós as forças que nos farão plenos e verdadeiros."
Lygia Fagundes Telles - As meninas

segunda-feira, 6 de abril de 2009

"Eu vou pagar a conta do analista

Pra nunca mais ter que saber quem sou eu"



Passar por uma vida inteira só com ponderações e racionalismo cansa. Também Prefiro Toddy ao tédio!